terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

DISCIPULADO: UMA NECESSIDADE URGENTE


“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28.19-20).
Precisamos urgentemente obedecer a esta ordem do Senhor Jesus, escrita por Mateus, pois temos observado o rumo em que a sociedade está se dirigindo, correndo atrás de uma religiosidade sem base bíblica nem doutrinária. Até mesmo o nosso povo é tentado a ceder às pressões destes movimentos. Vemos muitas pessoas confusas quando se fala de Deus, por isso, precisamos colocar em prática aquilo que é mais urgente nos nossos dias, para o crescimento sólido da igreja, e, no momento, é o discipulado.
Eu acredito que o este trabalho seja hoje a resposta para o crescimento com qualidade da igreja do Senhor. Mesmo ciente que tudo o que fizermos na Igreja tem um resultado, o discipulado ainda é a melhor forma. Falo com experiência vivida nos últimos anos.
Quando conseguimos discipular os novos convertidos, eles ficam mais firmes após o batismo e nós temos mais chances de mantê-los na Igreja. É claro que no início todo o trabalho é árduo, mas vale a pena investir, pois há um grande resultado e a tendência da Igreja é crescer cada vez mais. Entretanto, a igreja que não tem um departamento de discipulado funcionando tende a estagnar e diminuir, atrofiando até o ministério local.
Vejo também que o discipulado é o sucesso dos novos obreiros que estão iniciando o seu ministério, e se eles, unidos com a igreja, aderirem ao discipulado, serão bem sucedidos no dia de amanhã.

Pastor Sérgio Melfior
Pastor Presidente da Assembleia de Deus de Caçador – SC 1º Secretário da CIADESCP (Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná) Cursou teologia pela EETAD – Campinas - SP Bacharel em Teologia pela Faetel – São Paulo - SP

DISCIPULADO: PRIORIDADE PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA


Jesus estabeleceu para a Igreja algumas prioridades, que fluíram a partir do derramamento do Espírito (At. 2). Vemos que os primeiros cristãos consideraram a comunhão dos santos (At. 2.42,46), a adoração ao Senhor (At. 2.47a), a evangelização (At. 2.47b), a ação social (At. 2.44,45) e o discipulado dos recém convertidos (At. 2. 40,41) como prioridades de sua marcha terrestre. Quero destacar a prioridade do discipulado como modelo para o crescimento da Igreja, cumprindo a determinação do Senhor em Mt. 28.19-20.

Por discipulado entenda-se o processo em que o novo convertido recebe todas as instruções indispensáveis para sua formação e crescimento de sua fé, até que esteja apto a fazer outros discípulos, reproduzindo assim o modelo do caráter cristão (2 Tm. 2.2).

Vemos que o crescimento explosivo da Igreja no Século I se deu por meio do discipulado. Jesus formou o seu grupo de discípulos, inicialmente com os 12 (Mt. 10.1-4), depois com 70 (Lc. 10.1) e, finalmente, com mais de 500 discípulos (1 Co. 15.6). Logo após o Pentecostes, os discípulos começaram a multiplicar, ensinando e batizando aqueles que iam sendo salvos. Jesus optou pelo discipulado como meio de alcançar todas as nações (Mt. 28.19-20), pois este modelo de crescimento supera as barreiras temporais, isto é, funcionou no passado, funciona hoje e funcionará até o arrebatamento da Igreja.

Quando Jesus estava na Terra muitos quiseram segui-lo, mas não pagaram o preço do discipulado (Mt. 19.16-24). O chamado de Cristo inclui renúncia, abnegação e compromisso com o Mestre. Podemos ver a diferença entre os seguidores e os discípulos na “Primeira Multiplicação de Pães” (Jo. 6.5-13). Jesus fez o milagre, mas deu aos discípulos a incumbência de alimentar as multidões. Note que os seguidores vivem atrás dos sinais, mas são os discípulos quem operam sinais (Mc. 16.17-18). Um dia depois de saciar a multidão, o discurso de Cristo foi mais veemente, e, por conta disto, os seguidores deixaram-no, ficando com o Mestre apenas os verdadeiros discípulos (Jo. 6.60-68). O seguidor está apenas envolvido com Cristo, enquanto o discípulo está totalmente comprometido com Ele.

A Igreja atual deve investir maciçamente no discipulado, pois trata-se da formação do caráter de Cristo (Ef. 4.13) nas pessoas que aceitam a Jesus como Salvador, e também do melhor meio para que os crentes se tornem frutíferos na Obra e sadios na fé. A falta de discipulado na Igreja produz crentes fracos espiritualmente e descomprometidos com a cruz de Cristo (Mt. 16.24). Sem falar no grande número de seitas e heresias que enganam diariamente muitos cristãos sinceros, que desconhecem as doutrinas cardeais da fé cristã (2 Pe. 3.18). Além disso, a Igreja sem discipulado estagna seu crescimento e compromete o seu futuro, gerando com isso muitos desviados, que não permanecem servindo a Deus pela falta de estrutura de fé (Mt. 7.26,27).

Amado irmão que lê este artigo, não se contente em apenas fazer com que o pecador aceite a Jesus como Salvador, ensine-o a identificar-se com Cristo, desde seus primeiros passos de caminhada de fé por meio de um método sério de discipulado. Você verá que quando este crente amadurecer, será um verdadeiro discípulo do Senhor, o Mestre por excelência.

Pastor Sérgio Melfior

Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Caçador

1º Secretário da CIADESCP – Convenção das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná