18ª EBOJ –
ESCOLA BÍBLICA DE OBREIROS DE JOINVILLE
Disciplina: Ética Ministerial
Preletor: Pr. Sérgio Melfior[1]
ANOTAÇÕES
COMPLEMENTARES SOBRE ÉTICA MINISTERIAL
I - A ORIGEM DA ÉTICA
1. ÉTICA COMO SISTEMA DA FILOSOFIA
ÉTICA – conduta
do indivíduo;
- Política – conduta ideal do Estado;
- Lógica – o raciocínio que guia o
pensamento;
- Gnosiologia – a teoria do conhecimento;
- Estética – a teoria das belas artes;
- Metafísica – teoria sobre a verdadeira
natureza da existência.
A ética iniciou com o homo sapiens;
Antes do início da filosofia ocidental as religiões já se preocupavam com a
retidão da conduta humana – formando doutrinas de julgamento e recompensa.
Sócrates, em 450 a.
C. foi considerado como pai da ética no sistema filosófico. Ele formulava perguntas: O que é a
coragem? Justiça? Piedade? Amizade? E quando os atenienses respondiam dizendo
que eram virtudes. Ele indagava o que é a virtude?
a) Ética
Descritiva: constata como o ser
humano se comporta.
b) Ética
Normativa: determina como o ser
humano deve se comportar.
2. DEFINIÇÕES DA PALAVRA ÉTICA
a) Grego: ethos = costumes,
disposição, hábito;
b) Latim: moris = vontade, costume,
uso, regra;
- A ética investiga e julga a conduta boa, má, certa,
errada; o que deve e o que não deve ser feito;
- A ética nos faz perguntar: Qual padrão pode ser aplicado à todos os
indivíduos?
- A ética ensina como definir o certo e o errado, a
bondade e a maldade, qual é o verdadeiro dever
e como o alcançar.
- O alvo da ética é descobrir as virtudes do homem para desempenhar
funções dentro da sociedade para o bem do indivíduo e da sociedade.
- O padrão ético permite corrigir a conduta defeituosa dos
homens.
II - A ÉTICA DO LÍDER
- A ética conduz o líder a estabelecer uma boa conduta pela experiência
pautada na Palavra de Deus.
- O líder tem que aplicar os padrões éticos em sua vida aqui e agora, sem
deixar as circunstâncias os variarem.
- Ética ministerial não é relativa, pois a consciência já previamente
avalia os verdadeiros valores.
- Não podemos esquecer que é aqui neste mundo que podemos vencer ou
sermos derrotados.
A ética desperta no líder 4
virtudes principais:
1. Sabedoria – reconhecer a fragilidade;
2. Coragem – admitir os erros;
3. Moderação – para equilibrar as atitudes;
4. Justiça – para dominar as tendências.
A ética do líder cristão ensina a
fazer 3 perguntas para si mesmo antes de tomar uma decisão:
1. Eu
quero?
2. Eu devo?
3. Eu posso?
- A ética ministerial segura a boa reputação do líder.
- Todo o líder tem que se preocupar com a sua reputação.
- As atitudes erradas causam influência.
- O reflexo de nossos atos é
imediato em nosso ministério.
Veja a ordem das consequências:
1.
Autocondenação
2. Satanás acusa
3. A sociedade condena
- Temos que ter consciência, pois o povo sabe quando temos caráter e vida
limpa.
- Não adianta pregar uma coisa e viver outra.
3. ÉTICA NO ACONSELHAMENTO
a) O conselheiro tem que ser ético
- Guardar confidências;
- Evitar o contato físico - “Fuja da aparência do mal” (1 Ts. 5.22);
- Não usar os aconselhados para satisfazer os desejos pessoais;
- Controlar as emoções – e passar confiança ao aconselhado;
b) Perigos no aconselhamento
- Ouvir só um lado da história;
- Chegar à conclusão prematuramente;
- Envolver-se na situação;
- Intimidade (1 Co. 10.12).
III – A
ÉTICA NO MINISTÉRIO
1. ÉTICA NO MINISTÉRIO - CITAÇÕES DE JAIME KEMP
- Não podemos alcançar posições no ministério por meio da manipulação;
- Não podemos subir no ministério através de influências convenientes;
- Não podemos crescer por meios duvidosos e desonestos;
- Jesus não quer uma liderança materialista e mundana;
- Se não tivermos ética em nosso ministério, nossa liderança será
perigosa;
- O líder tem que estar aberto às correções,
às vezes de colegas, da esposa e de
amigos;
- O líder tem que fazer cada dia uma auto avaliação rígida;
- O ministro tem que ser totalmente honesto;
- O líder tem que aceitar correções: pela
palavra, pela convicção do Espírito Santo, ou por um instrumento humano.
2. A ÉTICA NOS ENSINA A VER A DIMENSÃO DO NOSSO MINISTÉRIO (2 CO. 3.6-11)
- Um ministério de nutrição. “Cristo alimenta a Igreja” (Ef. 5.29).
- Um ministério exercido com brandura. “Ao servo do Senhor não convém
contender” (2 Tm. 2.24-26); Tt. 3.2; 1 Ts. 2.7.
- Um ministério com afeição. “Porquanto nos éreis muito queridos...” (1
Ts. 2.8).
- Um ministério que dá vida (João 10.11).
- Um ministério que se gasta, se doa (2 Co. 12.15; 1 Ts. 2.9; Fp. 2.17;
Fp. 4.1).
- Um ministério de exemplo, não de domínio (1 Pe. 5.3; Ez. 34.4; Mt.
20.25-28; Hb. 13.7; 1 Tm. 3.4).
- Um ministério exercido com atração. Aquele que atrai (João 10.27).
- Acima de tudo, um ministério que inspira.
- Um ministério que é exercido por desafio (Js. 24.15).
- Um ministério que é exercido de boa vontade (1 Pe. 5.2).
Joinville (SC), março de 2013.
[1]
Pastor Presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Joinville (SC) e
Secretário da CIADESCP.